NO TEMPO

A ânsia, trapaceira da esperança,

afoba o gado, apressa o carro,

desnutre o fraco,

adoece o glutão em sua comilança.

A Esperança, marca o passo do bater do coração

ligado na meta da chegança,

enquanto a ânsia é prima do alarido descompassado da ignorância.

E enquanto de encontro ao Tempo,

num contratempo, corre a ânsia,

a Esperança, em seu acalento, o ser amansa.

Faz valer no Tempo o seu caminhar seguro

ao entregar a esse Rei sua confiança.

Bem sabe ela, pela Luz que emana bela,

que quem espera no giro da esfera,

e aceita seu movimento

sempre,

- no exato momento, no perene bailar do Tempo, -

alcança!

D.V.

20/07/2010

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