Desfalecido Ser

*feita em 1998

Não quisera um erro cometer.

Tantas situações

Pendentes no céu. Na terra

Subjugados, os seres, às abstrações.

O grafite escorrega

O capricho desconcerta

Os bêbados botões não abotoam,

Não pregam nada.

Os caminhos eram verdes

Céus, não eram caminhos.

Descaminhos, sim, sem deveres

Como um vazio no ninho.

E nós estamos aqui

Não sabemos como evitar

Que a mais rica terra

Esmoreça bela, não podemos.

Não somos tão fortes.

As pessoas sublimam a verdade

Apenas estão à sorte

Desbota suas almas a vaidade.

Pense: o que tenho haver?

Com tanta desprudência,

Com a morte da flor,

Com a moribunda consciência?

Não tenho a certeza

De se a culpa me caiu,

Mas o que se partiu

Fora o eloqüência com a impotência.

Não posso afirmar

Não posso fazer

Não há como mudar

Na alma o véu da incompetência.

Meus membros não se movem,

Apenas se contraem.

Não respondem à vontade

E sim à parcialidade,

Dos poucos fortes,

Ao menos mais fortes,

Pois subjuga o próximo

Às más impressões, à fantasia.

Na minha expressão se faz

A angústia em forma segura,

No resto a figura gilvaz

No peito, porém, a vontade da loucura.

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 28/07/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2403552
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