A Deturpada e o Redundante.

A deturpada sonhava em ser grande,

Para poder viver de adulterar...

O redundante pensava em sua glande,

Alguém para entreter e penetrar...

Eles conversavam demais,

Cultura pelas beiradas...

Atrofiadas idéias e minúsculos ideais,

Entre frases ensaiadas...

A deturpada preocupada com o horário,

A psicóloga estava lhe esperando...

O redundante, salafrário,

Enganava estar se apaixonando...

Trocaram números e desejos encobertos,

Por uma íntima e recente amizade...

Eram jovens alegres, abertos,

Criando sua própria verdade...

Tudo enfim terminou,

Ao menos naquele momento...

Quando o ônibus estacionou,

E a deturpada desceu, seguindo com os cabelos ao vento...

Nagredla
Enviado por Nagredla em 15/09/2006
Reeditado em 16/09/2006
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