Diferenças

Enquanto te calas aos meu apelos;

Aceito silenciosas promessas e

segredos,

Sucumbo nos desvios da tua fala,

No interlúdio vazio dos meus zelos.

Vivo os desertos do meu desvelo,

Onde cada dia tem seu próprio medo.

E tu, na alegoria das tuas emoções;

Permanece perdido em degredo

Pelos mares das tuas privações.

Se me coloco prostrada e aceito,

Sem restrições teus insigths fora de hora;

Tu rechassas aturdido meus mergulhos.

Enquanto esse bandido coração

Me devora,

Eu te encontro contrafeito,

Parado diante dos teus entulhos.

Eu resumo, eu assumo meus destroços,

E tu navegas nas águas revoltas;

Sentenciando o mundo inteiro,

Com tantos queixumes nossos

Teu barco de velas soltas,

Não tem o gosto verdadeiro,

Da liberdade que pregas em altos brados,

E nem a consciência exata do lugar de estar.

Me atenho aos preceitos educados,

E tu te perdes no argumentar.

Água e azeite nossa união,

Que em cada dia somam rasuras.

É doentia essa sensação,

De aviar prévias censuras.

Como o sol é feito para o dia,

E para a noite foi dada a lua

Urgente se faz a minha alforria,

Nos passos da minha rua.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 12/06/2005
Código do texto: T24135
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