Chuva
Chuva
Chove!
Miudinhos pingos compactos e constantes
(Quem diria que ontem o sol brilhava quente.)
Neste meio-dia tristonho e cinzento
Deste Agosto, neste sábado, nesta cidade,
Sempre bela, a minha,
A que me deu felicidade
E onde aprendi o sabor
De cantar a liberdade.
Chove!
Os meus olhos perseguem as gotas
Mas o meu coração não as sente
Porque apesar do melancólico dia
Sinto-me contente.
Moisés Salgado