"TARDE DEMAIS"

O tempo se assemelha a areia nas mãos;

Por mais que tentamos segurá-la;

Ela escorre entre os vãos;

Desperdiçar essa preciosidade, jamais;

Pois não volta nunca mais.

O tempo absorve impiedosamente nossos dias;

Sabemos da rápida passagem da vida;

Mas por esquecimento;

Por distração;

Temos a ilusão da eternidade.

Na busca insana de respostas;

No desespero por acalento;

Desapercebemos os melhores momentos;

Momentos ofuscados;

Por serem simbolizados com pequenos gestos;

Como um sorriso franco, num rosto encantador.

Sentada na laje fria;

Agora compreendo o porquê flutuo;

Ao invés de caminhar;

O porquê sentia frio no meio da multidão;

Anjos mudos sempre me acompanham;

Vejo meu corpo em decomposição.

Celiana
Enviado por Celiana em 17/09/2006
Código do texto: T242095
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.