Navegante

Há se eu fosse um navegante.

Eu seguiria errante,

em águas distantes,

de adeus e partidas,

sem nunca voltar.

Há se eu fosse navegador.

Iria tão longe,

navegar com ardor,

para além do bojador,

sem nunca chorar.

Um dia pensamos

viver para sempre,

nesta terra errante,

buscando ideais.

Procurando a frente,

infeliz navegante,

um porto distante,

além do horizonte,

que não existe mais.

Candido Coutinho
Enviado por Candido Coutinho em 06/08/2010
Reeditado em 06/08/2010
Código do texto: T2422657