EU SOU

Eu sou o alívio presente na dor

Eu sou a vida enquanto morte

E do azar eu sou a sorte

Eu sou o interno do exterior

Sou ponto de luz na vasta escuridão

Eu sou a força mesmo na fraqueza

Eu sou a dúvida, tendo a certeza

E sou a liberdade ainda na prisão

Eu sou a emoção de toda a razão

Eu sou o céu em meio ao inferno

É possível ser inverno

Ao mesmo tempo em que sou verão

Eu sou a calmaria da turbulência

Eu sou a paz em meio ao conflito

Eu sou o silêncio de qualquer grito

Eu sou a bonança de toda carência

Eu sou a brisa que se anuncia

Após a tempestade e seu açoite

Eu sou o dia durante a noite

E sou a noite durante o dia

Eu sou a coragem de ter o medo

O princípio no fim eu sou

Se existe o ódio eu sou o amor

Eu sou a revelação de todo segredo

De toda mentira eu sou a verdade

Sou a lembrança, também a esperança

Aquela espera que sempre se alcança

Eu sou o sonho da realidade

José Cardoso
Enviado por José Cardoso em 10/08/2010
Reeditado em 15/06/2016
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