EU SOU
Eu sou o alívio presente na dor
Eu sou a vida enquanto morte
E do azar eu sou a sorte
Eu sou o interno do exterior
Sou ponto de luz na vasta escuridão
Eu sou a força mesmo na fraqueza
Eu sou a dúvida, tendo a certeza
E sou a liberdade ainda na prisão
Eu sou a emoção de toda a razão
Eu sou o céu em meio ao inferno
É possível ser inverno
Ao mesmo tempo em que sou verão
Eu sou a calmaria da turbulência
Eu sou a paz em meio ao conflito
Eu sou o silêncio de qualquer grito
Eu sou a bonança de toda carência
Eu sou a brisa que se anuncia
Após a tempestade e seu açoite
Eu sou o dia durante a noite
E sou a noite durante o dia
Eu sou a coragem de ter o medo
O princípio no fim eu sou
Se existe o ódio eu sou o amor
Eu sou a revelação de todo segredo
De toda mentira eu sou a verdade
Sou a lembrança, também a esperança
Aquela espera que sempre se alcança
Eu sou o sonho da realidade