Esmagando folhas defuntas
Segui esse cortejo
de paz sem glória,
esmagando folhas defuntas
que deitavam uma após a outra,
tapete em decomposição.
A lama que o chão não sorveu
estampava a alfombra morta
e nela,
pisava também meu eu,
imbuído pela indecisão.
Cada balançar de braços
era só um cansaço lento,
pesado,
que o ontem tentava agarrar
em vão
era já mudança de estação.