Esmagando folhas defuntas

Segui esse cortejo

de paz sem glória,

esmagando folhas defuntas

que deitavam uma após a outra,

tapete em decomposição.

A lama que o chão não sorveu

estampava a alfombra morta

e nela,

pisava também meu eu,

imbuído pela indecisão.

Cada balançar de braços

era só um cansaço lento,

pesado,

que o ontem tentava agarrar

em vão

era já mudança de estação.

Gladys
Enviado por Gladys em 18/08/2010
Reeditado em 31/10/2012
Código do texto: T2444976
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