Diálogo interior

Aonde vais com tamanha pressa?

Acerca-te de mim um pouco mais

Venhas saciar tua sede

A ti ofereço água fresca e paz

Depois deste refrigério.

Deixa-me teu manto retirar e

Teus sapatos já gastos, desatar.

Repouse em meus braços que embora cansados, inda tem forças para lhe suster, livra-te das dores e dos erros, que a vida te deu.

Esqueça teu fardo sem nexo, absurdo.

Deixa-me unir os pedaços.

Que nos percalços da vida separou-se de ti.

Una-se a mim.

Sou seu bálsamo exato e bendito

Para os teus ombros feridos

Venhas e acalma-te então

Agora em meio a este trajeto

Já se esqueceu do que buscavas?

Ouça-me mais um segundo

E aliviarás por completo sua aflição.

Não, mais me mantêm cativo.

Porque cativo sendo eu

Sou o único que pode te dar libertação

Vivemos na mesma casa, pulsamos ao mesmo tempo.

Se acaso olhares para dentro, dirás: Não tenha pressa, meu pobre coração!

luz
Enviado por luz em 14/06/2005
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