PALAVRA SUBLIME

Sublime palavra,

empenhada com emoção.

Louca, e sem compaixão,

nenhum pergaminho a lavra,

com suficiente conotação.

Uma vez pronunciada,

está dita, falada.

Branda, às vezes,

então, apenas confessa,

de que não existe pressa,

em confrontar nossas opiniões,

uma vez que, nossos corações,

já partiram em debandada,

como pombos em revoada.

Cálida, queima como brasa!

Afasta tudo e nos arrasa,

com toda a esta contradição.

Quando aquecida na paixão,

reinventa um novo sofrimento.

Trás junto consigo este invento,

e coloca-o na minha mão.

Tácita, por isso, fica implícita.

Mas, de forma bem explicita,

readquire logo todo o seu furor.

Agora, que eu já pensava supor,

conhecer todas as respostas,

Vem e inventa novas propostas

inquirindo sobre o nosso amor.

Marco Orsi

20.09.2010