Poemas do I Ching (Livro das Mutações) O Poder Criador (O Criativo) (CH’IEN – céu+céu)
( Todos procuramos sabedoria, ver as coisas como são { introvisão } os primeiros autores do I Ching observaram os astros marés plantas animais padrões de comportamento das famílias sociedades negócios governos guerra amor ambição conflitos honra organizando um sistema um guia de como tudo muda com oito trigramas (três linhas paralelas) Ch’ien (Céu) Tui (Lago) Li (Fogo) Chen (Trovão) Sun (Vento) K’an (Água) Ken (Montanha) K’un (Terra) formados para descrever a evolução a partir da dualidade do Yin e Yang (Céu e Terra, positivo e negativo), emergindo do Fim Supremo, o Absoluto, quando da união de dois trigramas resulta num hexagrama (seis linhas paralelas) existem sessenta e quatro hexagramas. Atribui-se a autoria do Livro das Mutações I Ching a Fu Hsi soberano da China durante o terceiro milénio a.C.)
Nesta manhã saí do sonho mastigado
alterado,
ideia em descrever todos os pormenores,
mas incapaz,
apenas o sol entrava, inundava este corpo quieto
que se tentava libertar, suspender mesmo sem amarras
desnecessárias em porto de abrigo
baloiçando suavemente esperando a tempestade
sem rasto, pegadas indicando caminhos
essa lembrança revivida, clarão iluminando
palavras repetidas
gestos triviais conhecidos.
Pensei neste amanhecer forçado
querendo explicação de mim, desnecessária
nem tudo precisa final feliz
muitos monólogos, vertigens associadas,
explosões evolutivas nas divagações
perdidas,
nesse repente comecei a chorar,
o cheiro das madressilvas penetrava suavemente
um pássaro pousou assustado no varandim,
quero a tua mão, dá-ma agora
assim como só tu sabes,
apenas,
na sombra do céu.
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