Teu olhar

No brilho vago do céu

Há mistérios insondáveis

Nos teus olhos... um escarcéu

De coisas bem agradáveis

São alegrias brilhando

Em luzes difusas... estranhas

São ressonâncias contando

As ilusões que apanhas

Quando neles vejo um pingo

Sinto-me desnorteado

Não sei como é que distingo

Teu pranto, de um mar revoltado

Teus olhos de um brilho incomum

Acusam-me de ser pagão

Não pude encontrar mais nenhum

Que causasse-me tanta emoção

Há um rompante de ansiedade

No coração deste humilde admirador

Roubas-me, no entanto, a pouca felicidade

Em cada teu olhar de desamor...

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 14/06/2005
Reeditado em 03/01/2006
Código do texto: T24594