Assim não seja! amém!

Vejo-a desnuda

em vagões empoeirados

da existência!

Fumaça tragada,

estações perdidas

em lembranças...

Que fizeram com seu sorriso,

seu aceno embargado

nas lágrimas?

Feche esta porta,

tranque o mundo lá fora,

dispa-se dos melindres.

Sem falsos testemunhos,

nas palavras que ninguém diz,

dispa-se!

Os botões desencontrados,

a mesa entristecida

sem seu toque,

cadeiras retorcidas nos cantos,

sem vida...

Cárcere da mente

privada em nós!

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 27/08/2010
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