Iníqua adoração
E são elas o que me restam...
Somente elas
que elogiam a minha loucura
e cobrem a minha solidão
Acalentam a minha injúria
Devorando a inquietação
Falácias!
Porém minhas
Somente minhas
Em devarios de noites em trevas
Lá estão elas
... minhas etéreas companheiras
Fabulação em meu caminho torpe
e repugnantemente me seguem
nesse estertor que me violenta a mente
Estão elas
Estaticamente me perseguem
Movimentam-se
Entontecem o meu ser
e estagnam os meus dedos
E nesse corpo desnudo
São elas que me deitam
São elas quem me levantam
E o branco se faz sangue, meu
por elas...
E inerte nessa paixão
elas...
verbalizam toda a minha ação
Sem véu, sem roupa, sem máscara
Lá estarei eu
Sempre diante delas!