a volta

Ao sair da cama e colocar os pés no chão, o susto, pisei nos meus cabelos, que diabos estará acontecendo, penso, passo a mão pela cabeça num ato involuntário, e percebo que a minha cabeleira além de continuar bem fixa ao couro, tinha crescido horrores, que estranho, ainda ontem ele nem havia chegado aos ombros! Meu cabelo enlouqueceu ou fui eu? Comecei a sorrir enquanto passava a mão pelo resto do corpo para me certificar se algo mais tinha resolvido crescer, diminuir, modificar, e nada, até ir à altura do cóccix, e aí sim, dei um salto, como salto, se ainda ontem, terá sido o chá que tomei antes de dormir, virei a cabeça tentando enxergá-lo, e ao fazer o movimento, eu o senti, estava lá o meu rabo, sorri, até que enfim, estou completa, e já ia dar uma volta na floresta quando a porta se abre, é joão me acordando, eu havia pedido, só digo, que chá era aquele, trombeta, ele diz, o curandeiro disse ser muito bom nestes casos, eu digo, e foi mesmo, é, nem cauda, nem floresta ...

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 29/08/2010
Reeditado em 26/01/2012
Código do texto: T2465848