AO FINAL DAS CONTAS
Como é possível? Seria possível? Ou fez-se real o impossível?
Ao final das contas percebemos que nada sabemos
Que na verdade ainda há muito a aprender ainda a muito a saber
Ao final das contas percebemos que não nos conhecemos
Nada sabemos de nós, do amanhã, do agora, talvez... e do depois?
O depois é uma inconstância que não podemos resguardar...
O depois nos devora, amordaça e nos escraviza...
O depois domina pensamentos, sentimentos, não dá pra escapar.
E ao final das contas percebemos que somos dominados
Ao final nada é como desejamos um dia, mas nos faz felizes
Talvez melhor do que pensamos, talvez pior, mas irremediável
Até que outro depois mude tudo, e percebamos que somos aprendizes
Percebamos que não mandamos no hoje nem no amanhã... o ontem é uma lembrança
Boa ou ruim, mas algo que existiu e que foi nosso, aliás é nosso
O ontem é a única coisa da qual temos um pouco mais de certeza
Mas pra que certezas? Pra que o posso ou não posso ou será que posso?
Porque nos faz humanos? Nos faz sedentos e dependentes de desejos?
Porque sonhar é bom, realizar é bom e também pode ser bom não realizar?
Sim... Porque permanecer estáticos nos mata aos poucos e parasitas não existem
Porque essa essência humana nos move, é isso que somos que vamos buscar
É isso que nos motiva, é isso que alimenta a nossa eterna caminhada
E assim iremos seguindo até que não possamos mais continuar
Por vezes irá faltar o combustível, a esperança, a vontade, as forças
Mas seguiremos até que encontremos ou nos encontre aquela que nos faz parar.
Magna F. 08/06/2010 9:38hs