ÀS VEZES FAZ FRIO

Tão bom quando estamos juntos

Me sinto fora desse mundo

Os meus pés flutuam no ar

Já é muito pouco caminhar

Até a sorrateira frieza

Chegar com toda presteza

Sugando o brilho a cintilar

Querendo a chama apagar

E você me deixa inseguro

Me deixa em cima do muro

Não sei se fico ou se vou

Não sei muito bem onde estou

A casa não tem mais parede

Já não vejo quintal e rede

Talvez possa viver assim

Enxergando a um palmo de mim

O que tiver de ser será

A vida não pode parar

Quero que veja em mim abrigo

Quem sabe possa sonhar comigo