Oh, morte certa
Oh, morte certa...
Essa vida desumana
Quase que sem jeito
Essa falta de amor
Que é um estorvo, que mata
Sem remorso, sem pena, sem medo
Essa legião de pobres miseráveis
Em busca do que nunca vão ter
Excluídos de tudo e de todos
Sem teto, sem terra, sem amor,
Sem vida, sem esperança, sem dignidade...
Essa fé que não entendo
Que não possuo, porém me divide
Essa gente que ainda espera
A vinda do milagre
Que já tarda, que já angustia
Oh, morte certa...
Esse aperto no peito
Sofrimento quase que sem jeito
A incerteza do poeta
Será o fim dos sonhos?
Será o fim do amor?
Oh, morte certa...
A certeza do incerto