Oh, morte certa

Oh, morte certa...

Essa vida desumana

Quase que sem jeito

Essa falta de amor

Que é um estorvo, que mata

Sem remorso, sem pena, sem medo

Essa legião de pobres miseráveis

Em busca do que nunca vão ter

Excluídos de tudo e de todos

Sem teto, sem terra, sem amor,

Sem vida, sem esperança, sem dignidade...

Essa fé que não entendo

Que não possuo, porém me divide

Essa gente que ainda espera

A vinda do milagre

Que já tarda, que já angustia

Oh, morte certa...

Esse aperto no peito

Sofrimento quase que sem jeito

A incerteza do poeta

Será o fim dos sonhos?

Será o fim do amor?

Oh, morte certa...

A certeza do incerto

Elano Ribeiro
Enviado por Elano Ribeiro em 23/09/2006
Reeditado em 23/09/2006
Código do texto: T247018