AMURADAS

Pelas amuradas do edifício

Escorrem as águas barrentas

Das saudades

Regam nos entremeios

As pequenas flores

Cores esmaecem

E um pássaro morto

Tem as penas presas aos vergalhões

De onde tentou

Voar para o teto de gesso

Das ilusões

De branco

E coisa alguma