Quanta azia!

Um dia de sol rasgando o inverno poluído.

Calor que quebra a monotonia

de um dia miúdo de gentes,

(de)mentes,

de olhos

que agigantam anões

e mentem a si mesmos

sobre si mesmos.

E o tempo a fiar

indiferente

a bobice ardente

que bronzeia-se ao sol.

O mesmo feijão com arroz

é engolido

e ofertado

e a fome não cessa,

cresce

de um vazio destemperado,

indigesto.

Meu Deus, quanta azia!

Gladys
Enviado por Gladys em 01/09/2010
Reeditado em 31/10/2012
Código do texto: T2472619
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