ENTRE RIOS

Entre Rios

Quando o vazio existe

Eu não dou nem um pio

Ademais eu não sou ave

Nem árvore na beira do rio

Sou uma fera que insiste

Em ser natural

Seguindo os caminhos sinuosos

Mas o que fica à margem

Não é a poesia

É minha alegria represada

Embora não seja árvore

Se fosse pra sorrir sorriria,

Portanto escrevo na folhagem.

O rio se incumbe de regar meu campo

E não há pedras que impeçam

Minhas sementes de germinar

Porque são simples e naturais

Como um lótus no meio da lama

Ou um fruto no meio da rama

Quantas vezes eu renasci das cinzas

E deixei minha casca no passado

Deixei meu desalento guardado

Nas cinzas do outro dia

Porque meu pensamento voa

Às vezes não tão simples como a brisa

Diria, uma tempestade em harmonia

O que eu não escrevi

Ninguém poderá escrever

Porque ninguém viverá o que vivi.

WalterBRios

16 de setembro de 2006

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Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 23/09/2006
Reeditado em 24/09/2006
Código do texto: T247475
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