AS SIANINHAS QUE COSTURAM O POEMA...

Gosto da poesia

e gostaria muito

que o mundo se

acabasse em mel.

Dizem que o mundo

não é feito de poesias.

Porém, o meu é feito

de sianinhas coloridas

que costuram minha

despretenciosa poesia.

Não me abalo

na minha insistência

em dizer coisas sem graça.

Esta é a graça dos poemas

que enfeitam o meu caminho.

Acho que não há momento

mais bonito, do que aquele

em que o poema e a sianinha

se entrelaçam, fundidos,

dissolvidos num só tema: a poesia!

Enquanto escrevo coisas sem graça,

parto para além das montanhas,

parto para o desconhecido,

porque o que se conhece

forçosamente se repete e cansa.

Parto para decifrar um certo sorriso.

parto para renovar-me.

Com as esquisitices do meu poema

sem graça e sem pressa,

posso vencer a distância

entre o estar e o ser...

Aninha viola
Enviado por Aninha viola em 03/09/2010
Reeditado em 07/08/2013
Código do texto: T2476045
Classificação de conteúdo: seguro