AMOR DE UM DIA

 

Hei de reencontrar-te um dia. Nada existe que me iluda...

 

Escuta: Não percebes Minh! Alma que transmuda

 

Quando a noite vem tingindo o azul do mar?

 

Não sentes porventura, no simples murmurar do vento,

 

A saudade que te envio em pensamento?

 

Sonda a imensidão! Ela viaja em nosso raio de luar!

 

 

Não permitas que costumes nos mantenham separados ...

 

Meus lábios anseiam por teus lábios carminados!

 

Quero esmagá-los com meus beijos mais candentes,

 

Fundir nossos corpos e parar os universos...

 

Quero o seu desejo na volúpia dos meus versos

 

Que escrevo no teu corpo nas estrofes mais ardentes!

 

 

Quero deitar-me em tua pele aveludada,

 

Que calou-me em ânsia entrecortada,

 

E me prendeu nesta paixão constante!

 

Não te vás assim... Espera um pouco...

 

Não queiras o sofrer deste poeta louco

 

Que sonha o beijo do fugaz instante!

 

 

E não me fales de promessas e pecados,

 

E nem me digas de destinos pré-marcados...

 

O verdadeiro amor tudo pode. Nada reclama!

 

Volta ao lugar que nos serviu de abrigo,

 

Esqueça tudo e vem pecar comigo,

 

Pois por teu corpo é que meu corpo clama!

 

 

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 24/09/2006
Reeditado em 20/10/2021
Código do texto: T247792
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.