Sob epígrafe de Luís Monteiro da Cunha

As casas são antigas na fralda do vento

Luís Monteiro da Cunha

semeia o vento retratos

pela seara

rostos nomes gestos

antigos

entre a lágrima e o riso

a ceifeira dobra-se

como se saudasse o trigo

ou sentisse o punho

da chuva

inventando nas vidraças

a urgência de entrar

habitar a memória

as cadeiras vazias em torno da mesa

Xavier Zarco
Enviado por Xavier Zarco em 24/09/2006
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