balada do odioso
não és o umbigo das coisas,
nem o requiem da glória...
és o infeccioso,
o rosto desfigurado,
a fétida coisa,
a fíbula sem veste,
o escárnio mal-dizer,
o feudo intolerável...
não és o olho do dia,
nem o canto da cigarra...
és o que mata,
que do vinho faz sangue,
que envenena a palavra,
que se vomita a si próprio.