POETA, UM ETERNO APRENDIZ
Não sou de muitas palavras,
poucas rimas e versos me basta.
No papel não posso expor,
o cantar dos passarinhos;
mas posso calar-me a vigia-los.
Inspirada posso!
Embalar-me ao encanto da lua,
que clareia tantas dunas.
Posso mergulhar em oceanos profundos,
alma dos golfinhos e leões marinhos.
Transformar-me em rosa, posso!
Calando a dor, de um alienado amor.
Enamorar-me por um colibri, posso!
Imaginando o gosto, do mais doce beijo.
Sou poeta, um eterno aprendiz;
Escrevo, o que bem me diz.
Semeio as palavras, ao nascer;
colhendo-as na natureza mimada.