POETA, UM ETERNO APRENDIZ

Não sou de muitas palavras,

poucas rimas e versos me basta.

No papel não posso expor,

o cantar dos passarinhos;

mas posso calar-me a vigia-los.

Inspirada posso!

Embalar-me ao encanto da lua,

que clareia tantas dunas.

Posso mergulhar em oceanos profundos,

alma dos golfinhos e leões marinhos.

Transformar-me em rosa, posso!

Calando a dor, de um alienado amor.

Enamorar-me por um colibri, posso!

Imaginando o gosto, do mais doce beijo.

Sou poeta, um eterno aprendiz;

Escrevo, o que bem me diz.

Semeio as palavras, ao nascer;

colhendo-as na natureza mimada.

Fernanda Gui
Enviado por Fernanda Gui em 24/09/2006
Reeditado em 23/04/2014
Código do texto: T248244
Classificação de conteúdo: seguro