EU HUMANO, EU ROBOT

Uma calçada coberta
De pedras portuguesas,
Um canto ao longe d'um bem te vi;
Um cheiro doce de perfume,
Saudades de Paraty.
Um guarda a assobiar,
Um cassetete no ar,
O sol intenso a brilhar,
Um fraque a se arrastar,
Com os panos ao rés do chão,
Do homem magro,
Franzino,
Que alegre o envergava;
A cartola leve e fria,
A bengala tão macia,
A história e o griot;
Extraordinárias tecnologias,
Contrastavam dessa forma
em tempo e dimensão,
eu humano,eu robot.
O cão risonho e sarnento,
O ipod do momento,
A razão e o sentimento,
O netbooks super free,
A alta da bolsa, os juros,
Investidores sortudos,
O dinheiro de cartão
em plástico,
que vai comprando
quase tudo (?),
Inclusive a felicidade,
Do homem feliz do futuro.
Extraordinárias tecnologias,
A história e o griot,
Contrastavam dessa forma
em tempo e em dimensão,
eu humano,eu robot.



 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 09/09/2010
Reeditado em 25/10/2019
Código do texto: T2487232
Classificação de conteúdo: seguro
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