Minha pequena poetisa...
Tão pequena, tão doce e já se faz poetisa?
Por que, menina?
Vai brincar, vai cuidar de tuas bonecas...
És tão pueril, o que queres aqui?
Deixa essa vida de poemas.
És muito triste para quem mal conhece o mundo.
Deixa para os velhos ranzinzas, para aqueles que tanto sofreram.
Deixa para os errantes, os paladinos...
Esquece essa vida, não é para ti...
És por demais ingênua...
Os poemas são reflexos da alma.
São palavras que nos saem sem precisar dizê-las...
Elas apenas tomam tua mão e escrevem...
E sempre trazem consigo uma dor reprimida.
Uma angústia que corrompe.
Uma saudade que destrói.
Ah, a saudade, a pior de todas as dores...
Quem és tu, menina, para de já conhecer tal fardo?
És pequenina demais para tal feito.
E por mais que carregues contigo toda inocência de teu ser,
jamais entenderás aquilo que te espera...
POEMA DEDICADO À MINHA QUERIDA AMIGA MALÚ...