[junto à margem narciso estende a mão]

junto à margem narciso estende a mão

deseja negar a queda

sair do espelho para onde entrara

e ser de novo o que antes fora

mas ninguém o vê

ninguém escuta o seu grito

nada surge na flor do seu olhar

somente sente a água as ervas

as árvores os pássaros

os cavalos correndo na distância

porque o vento embala

em seus braços seu odor

a suave fragrância

de quem vive sem amarras

Xavier Zarco
Enviado por Xavier Zarco em 25/09/2006
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