Exílio

Eu te quero e te amo tanto,

Mas no entanto, tanto faz.

Já que no vácuo ecoa

As fracas batidas de um coração.

E hoje entre os raros, sequer dou valor.

Está sobrando tanta falta..

Em um céu estralado, a estrela que escolhi

Já não mais brilha para mim.

Sempre a vagar em dias frios,

Conheço cada múrmuro desse silêncio.

No exílio há tanto tempo, passadas tantas estações,

Sem medidas para a distância, sem esperanças para voltar .

Queixo - me a lua, que tolice...

A lua apenas exalta o céu com seu brilho,

Roubando para si toda a beleza da noite.

Vou por esse descaminho, sendo livre sem querer.

Já não lembro do teu rosto, muito menos de um sorriso,

Nem das noites de poesia, de nossas fantasias,

D’aquilo que outrora eu admirei.