Brisa no litoral
No litoral eu choro,
Ao som do mar,
E ao passar a brisa,
Flagro-me a pensar...
Penso na humanidade,
Penso nas revoluções,
Penso nas crueldades,
Nos vazios dos corações...
São tantas doenças,
Tantas mortes!...
São tantas sentenças,
De leste a oeste, e sul a norte!...
A confusão do mundo,
A confusão do espaço...
Penso eu ser um imundo,
Pois nada faço!
E a poluição,
E a fome!
E a destruição,
Que nos consome...
Nosso mundo está confuso,
Nosso mundo está perdido...
Mas sou apenas um intruso,
Neste báu esquecido!
Guarda Mor/MG, Outubro de 1998