ODE AOS MEUS 25 ANOS

É de manhã, ja é dia de nada fazer e eu nao fiz nada

Já é dia de ver o dia, crianças e outros dias de outros

Eu nada fiz, agora preciso buscar o tempo,

Onde te deixei, preciso fazer o que tentei, de novo

Preciso arriscar até o que não tenho

Para viver o inexplicavel mundo das paixões

e viver, viver, viver, viver, viver, e vir e ver.....

Pelo menos, mais vinte cinco dias

ou então mais vinte cinco canções,

mais vinte cinco beijos e outros apertos....

De mãos marcadas, escorre tempo como fosse dia comum

E vai vivendo o impasse de ter vivido todos dias como só um

No coração vivendo tudo num instante insalubre

Veias rotas, não retem o ar, imagine sangue

E ainda hoje é dia de ter feito e eu não fiz nada

Ainda corro contra o tempo pra fazer nada que nada

E tempo ainda resta, mas quem precisa de tempo pra fazer...

Pelo menos, mais vinte cinco dias

ou então mais vinte cinco canções,

mais vinte cinco beijos e outros apertos....

Todo o mundo correndo, eu perdido na quadra vinte cinco

Se passasse um táxi aqui, me remeteria à quinta avenida

Tudo vai tão rápido, não é preciso mais cabos, tudo vai pelo ar

Viver a vida, não vai estancar ferida, 'abrida' na correria

De repente me vejo, cabelos brancos, vou indo pelo ar

De repente me vejo, menino, brinquedos, Au revoir

De repente escuro, sou velho surdo, adeus, good bye, au revoir

Por favor, mais vinte cinco dias

ou então mais vinte cinco canções,

mais vinte cinco beijos e outros apertos....