Poema 0332 - Saudade

Estranha saudade que não tem teu gosto,

jeito de partida de uma despedida que não houve,

passagem de namorada-amante para o adeus.

Recuso-me a qualquer amor que não o teu,

mesmo que nenhum de nós chore um pouco antes,

quero os convites de teus olhos pedindo os meus.

Preciso ser teu inferno como noite passada,

morrer e matar, depois sair mais vivo de prazer,

não é dor que dói, é a saudade de ti que se foi.

Podes continuar saudade, podes ficar de longe,

voltes só nas madrugadas e depois voltes pra longe;

se não me entendes, não importa, voltar não é saudade.

Não abandono meu viver por algumas poucas paixões,

sei que está perto de acabar tantas distâncias,

no adeus que notou o amor, tudo depois foi saudade.

17/06/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 16/06/2005
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