Veneno Filosófico

Na prosaica vida

O homem discreto

Que formula o sentimento correto,

Mal decifrado, ele

O usa. No uso, o abuso, do amor

Como objeto.

Pintando um quadro novo

O amor como solução.

Sola a musica, sem ação

Na composição sentimental

É abstrato. Que tal?

Um cubismo moderno?

Sem os pincéis do lirismo

Busca fugir deste abismo,

Onde engole o cálice.

Oferenda da vida.

No altar do dia-a-dia

Sorvendo em pequenos goles,

A cicuta engastada

Nada mais é. Do que

A vida filosofada.

Moisés Abílio

Moisés Abilio
Enviado por Moisés Abilio em 18/09/2010
Código do texto: T2505609