Confesso-me ao vento

Tropeço nos meus próprios sonhos

Inexorável o medo que os domina

Sou eu na fragilidade de um lamento

Um choro ficcionado nos meus olhos

Confesso-me ao vento. É só um cisco…

Já de mim fujo a tempo inteiro

Defraudada sou feita de restolhos

Até a alma desfolhada me abomina

Levito, feita em mil e uma partícula

Sou matéria amorfa, cremada viva

Confesso-me ao vento, meu único amigo

Fana
Enviado por Fana em 18/09/2010
Código do texto: T2506041
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