In memoriam

In memoriam

Sandra Ravanini

Risos falhos; me querem feliz,

bem sei... a luz nada mais irradia,

quisera o atraso da ida tardia

segurar essa fé ou qualquer dervis.

Vida ingênua essa anima minha,

chorando escondida, ó heroína!

apontando o sol que termina

dentro do riso que definha.

Quero ir assim, indiferente,

deixar a insônia e os risos falhos

ante o sol do ingênuo espantalho,

in memoriam, tardio até sempre.

Vida falha; chora a heroína

agarrando qualquer dervixe,

ó ingênuo espantalho de piche!

tardando o querer que me assina.

Quero partir e só, tardio até,

acusando as luzes que eu não vi,

ó vida sem sol! Assim morri...

anima em prantos buscando a fé.

29/01/2009