Entrelaça teu corpo azul a minha alma azulada

Por estas ruas que não me devolvem mais o tempo,

vagueio meus passos embaraçados e desatentos,

o sol cega meus olhos claros e lacrimejo

será que o melhor seria viver nas sombras?

Não é isto que eu desejo..

Fiz tudo o que pude para não ser uma pessoa má,

relutei para não magoar aqueles que acreditam no bem,

mesmo assim você me julga e julga..

Aprenderei a viver longe da comodidade do seu colo,

nem o meu castelo erguido traz bonança,

não quero as máscaras de ouro, nem um nariz de vidro,

pois aceitei-me assim como sou e me quero.

Se teus abraços me negas,

encontrarei calor em outros corpos,

o amor que cansa as pernas, mata e revigora,

bebe a minha alma e me esquece..

Olhe meus olhos penetrando o teu ser,

rasgarei teu peito e puxarei sua alma,

pois é a ela a quem quero me entregar,

sem constrangimento tocarei o teu rosto.

E sei que ela me deseja tanto quanto eu,

fez um corte na pele a alma,

na tentativa de abandonar o corpo púdrido,

pois me vale a realidade do ser e não a casca.

Então venha para mim e devora-me,

entrelaça teu corpo azul, a minha alma azulada

seremos céu e mar na mesma constância ,

no mesmo timbre, e na mesma cor.

E se preciso for a dor , abandonarei meu barco,

e deixarei o velejar aos marinheiros, e aos piratas dos sete mares,

serei só tua alma pura, e despida

faça da minha vida, a sua sina.

Nina Blessed be
Enviado por Nina Blessed be em 19/09/2010
Código do texto: T2508295
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