Olhos vermelhos

Um coelho de olhos vermelhos;
Saiu do algodão amaciado;
Fugiu da toca com receio;
No escuro da noite calada.
 
Procurava a alma humana;
Para libertá-la dos pecados;
Naquele negro breu insano;
Sonhava com um céu estrelado.
 
Percorreu toda a floresta;
Invisível de qualquer vida;
Embrenhou-se num atalho de aresta;
Numa atitude imprevisível.
 
Chegou numa terra de perdão;
Por um caminho que desconhecia;
Verificando ser o próprio coração;
De um homem que sorria.
                                ACCO
 
Foca
Enviado por Foca em 21/09/2010
Código do texto: T2510852
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