O POETA E A CIDADE 27 par/01

O POETA E A CIDADE 27 par/01

Bem, não será mas um poema que faço.

Será um poema no qual registro.

Um testamento avulso.

Poema de mim.

Como é da graça de todos,

Poeta sou,

Na arte de ser, quase não fui.

E erdei do tempo a espera

Que agora me veem como pantera.

E sendo poeta, fui!

O menor desses que a poeira agreste tingiu.

Poeta de uma povo manco.

Poeta de um cidade manca.

Poeta manco.

Escrevendo palavras tortas.

Quase todas ferrada de tédio.

Carregada de solidão.

Palavras que serão candenheiro.

Como quem seguir sem paradeiro.

Minha vida foi...

E até aqui ainda está indo.

Onde não sei,

Talvez caiba num livro qualquer,

Amigo tenho.

Amigo deixei de ser por um tempo.

Tempo que só estou...

Sexo, tédio e poesias.

Minhas paginas nesse tempo,

Foram frias,

Como o gelo dessa manhã distante,

De mim.

Como não está em mim.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 23/09/2010
Código do texto: T2515916
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