A SEMANA E O SEU FIM

as escorregadias armadilhas de moral inlícita

vem nos espasmos de orientação intelectual

salvo aqueles que roem os dedos na falta de comida

leves vândalos de alma pequena

os sábados são melhores que os domingos atômicos

sono pesado e intranquilo, sonhos invendáveis

em meados de 1984, notas musicais graves

travesseiros amassados cheios de baba e cabelos

loira pequena e extridente, na sexta-feira, grava em minha pele sua sigla

crava os dentes , rasga a camisa listrada de suor prático

só as mãos querem passear nos caminhos quentes do seu corpo

são beijos e mordidas, abraços cheios de desespero, de calor e sal

na volta pro quarto, bolsos vazios

ainda existem cigarros amarrotados procurando chama verde

passos cheios de sons introvertidos

revelam o cansaço e a desilusão de que tudo agora, neste momento

volta a ser solidão.

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 26/09/2010
Código do texto: T2521683
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