LÁGRIMA

Ainda que a boca me condene

vou dizer o que penso.

E, se o cérebro lateja

e a alma esperneia,

Liberto-me

e solto o verbo

E salto pedras.

Se as pernas tremem,

os olhos ardem,

Eu apenas sinto

e choro.

Não o choro de tristeza,

raiva ou medo.

A lágrima cai mansa,

solta, alma descansa,

Saltando do EU livre

sem segredo.

Vivianna di Castro
Enviado por Vivianna di Castro em 02/10/2010
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