LÁGRIMA
Ainda que a boca me condene
vou dizer o que penso.
E, se o cérebro lateja
e a alma esperneia,
Liberto-me
e solto o verbo
E salto pedras.
Se as pernas tremem,
os olhos ardem,
Eu apenas sinto
e choro.
Não o choro de tristeza,
raiva ou medo.
A lágrima cai mansa,
solta, alma descansa,
Saltando do EU livre
sem segredo.