Amor De Carnaval
Nem sempre deixam serpetinas coloridas,
Por vezes deixam sangrentas feridas
Do aroma inebriente do lança-perfumes,
Restam fantasias e os desejos inumes
Gavetas do tempo de plumas e paetês
Guardam o sonho de que uma outra vez...
No repicar convidativo do tamborim
...Alguém possa desfilar feliz enfim
Mas certamente no raiar de um novo dia,
Quando o cansaço vencer toda a euforia
E do pierrô restar apenas um arremedo,
Mudar-se-á o compasso, o passo e o enredo.