Meu eu inconsciente

Nem sempre esperei tanto tempo assim,

imensidão descontrolada infinita

como o bater do sino repetindo som metálico,

cadenciado

despertando sentidos adormecidos,

espera sem esperança do encontro

na fuga despretensiosa,

ocasional,

indecisão no ir, memorizando todos os movimentos,

cheiros, cores,

sofreguidão passageira, vã tentativa

no gastar segundos preciosos.

Hoje apenas esperei, esta ânsia mesquinha indesejada,

queria saber as respostas nas razões de escolhas nossas,

promessas sôfregas

de um todo semelhante conhecido,

pouco sentimento,

apenas o tempo passou, envelheci um pouco,

enganei o meu eu inconsciente.