CAJUEIRO NO SERTÃO

CAJUEIRO NO SERTÃO

MOR

Num verão bem sorridente

Lá naquele mais belo sertão.

Sofria o cajueiro contente

Esperava chuva de então.

Com a chegada do inverno

A chuva havia de vir.

Acabaria aquele inferno

E chegaria a florir.

O vaqueiro sorridente

Ficava a observar.

Estava bem contente

De um tempo a esperar.

Queria o caju colher

A amêndoa torrar.

O suco dele fazer

E logo degustar.

Sertanejo na restinga a lutar

O gado a recolher.

Logo as vacas ordenhar

Para o leite beber.

Era a sua esperança

Naquele sertão viver.

Dele receber a herança

Nem de fome morrer.

O amor do sertanejo

Sua terra não esquecer.

Toca o seu realejo

Para sua alma aquecer.

São José/SC, 5 de outubro de 2010.

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Asor
Enviado por Asor em 05/10/2010
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