Enigma

A noite cai escura e fria

sinto-me só ao pensar que a distância de tudo o que quero e desejo

me desafia

sempre esta palavra que persegue-me desde menina tal lâmina fria

Espera

Não sei onde me perdi. Hoje? Ontem?

Nunca imaginei que ao futuro minha vida pertencia

Como se todas as minhas memórias houvessem se perdido

emoções passadas, vividas, sentidas, cicatrizes da alma.

De nada valeram, sinto-me nua, pq este vazio? Eterna procura?

É como se minha vida dependesse desse inadiável encontro.

Te busco na absoluta leveza líquida onde gritas meu nome,

chamas-me nos sonhos.

Deixas-te sinais desde os tempos antigos, códigos, enígmas, pergaminhos.

Mas não te encontro.

Sigo á procura nos silêncios da noite, nas areias do deserto, nas vozes longínquas.

Te encontro nos meus sonhos, no tempo sem relógio onde um dia cruzaram-se nossos caminhos.

Vênus B
Enviado por Vênus B em 12/10/2010
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