NEBLINA NOS OLHOS *
Nasce à manhã Ninfa entre véus neblinosos,
Vapores de pensamento envolvem corpo e alma,
Entre nós tudo é possível entre a manhã e o sonho,
O véu dissolve o corpo de suas idéias
E vaga na sua anarquia alquímica
Nas manhãs, nas sublimidades das ninféias.
Os olhos dão arrancada para a vida,
Como se o babel que vê fosse versos que o poeta lê,
Como um sopro mágico sobre o simbolismo dos pintores,
Sobre as pinceladas de luz dos impressionistas.
O organismo do poeta é a poesia,
Que pinga gota a gota entre sua inspiração
E o despertar de um devaneio.
SSABA 12 out. 2010
*Inspirado em OLHOS ABERTOS SEMICERRADOS de Kathleen Lessa