NEBLINA NOS OLHOS *


Nasce à manhã Ninfa entre véus neblinosos,

Vapores de pensamento envolvem corpo e alma,

Entre nós tudo é possível entre a manhã e o sonho,

O véu dissolve o corpo de suas idéias

E vaga na sua anarquia alquímica

Nas manhãs, nas sublimidades das ninféias.



Os olhos dão arrancada para a vida,

Como se o babel que vê fosse versos que o poeta lê,

Como um sopro mágico sobre o simbolismo dos pintores,

Sobre as pinceladas de luz dos impressionistas.



O organismo do poeta é a poesia,

Que pinga gota a gota entre sua inspiração

E o despertar de um devaneio.


SSABA 12 out. 2010


 
*Inspirado em  OLHOS ABERTOS SEMICERRADOS de Kathleen Lessa

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 13/10/2010
Reeditado em 13/10/2010
Código do texto: T2553543
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