Não

O poeta a tanto sem escritos

com os sons do coração proibido

fez melodia, uma bela canção

Disse não aos instintos...

primitivos, talvez mesquinhos,

de animal que ainda era.

O tempo, que vence o impossível,

fez do não, puro e verossímil,

um engano, uma quimera,

destruiu toda certeza humana,

e o animal em pleno cio

desejoso do gozo, do arrepio,

desistiu de fugir da tentação