Pra nunca mais chorar

Dorme amarrotada no peito

Uma esperança frágil

Do amanhã sereno

Da febre dos dias azuis

Me levanto da cadeira mais cansada

Fecho muitas portas pesadas

Caminho sob um sol inclemente

Desnorteada, ridiculamente trôpega

Que ali adiante eu amarre meus ais

Reserve leitos macios para ossos aparentes

Sem cortinas revirando brisas

E sem jutas aparadoras de olhares fúteis

Para que eu volte no mesmo vagão que vim

Embrulhada em sonhos praguejados

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 04/10/2006
Código do texto: T256200
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