êa (II parte)

Conheço a sua prepotência

é só ânsia

Há o pasto à sua espera

Um matadouro em sua cama

De que vale esta aparência

Se um espelho não te engana

Tira esta roupa imunda

Deixe as armas sobre a mesa

Angústia é o que sente

Quando está sozinho

Quando ninguém te vê

Quando é só você e você

Se a impotência do boi não se compara

à impotência do homem

é que homem é boi e homem

que cerca boi e homem

e prende boi e homem

e come boi e homem

Eu sei do inferno que te consome

é ancestral

ô animal!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 18/10/2010
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T2562946